domingo, 5 de julho de 2009

Eles não «Irão» para o Céu

Não foram poucos os que se surpreenderam com a demora de Barack Obama em condenar, de uma forma firme e inequívoca, a repressão violenta pelo regime islamo-fascista do Irão das manifestações contra a alegada (e muito provável) fraude nas recentes eleições presidenciais naquele país. Aliás, o presidente norte-americano só terá assumido essa posição após insistência da sua secretária de Estado nesse sentido.
A aparente – e inicial - «timidez» de Obama encontra, afinal, justificação na sua atitude (e estratégia) perante o mundo muçulmano anunciada no seu famigerado discurso no Cairo. E, de facto, pareceria «mal» estar a acusar-se um governo estrangeiro ao qual se havia enviado, pouco tempo antes, uma mensagem de «boas intenções» e até convites para as festas do 4 de Julho! Convém, aliás, lembrar que os dois países não têm relações diplomáticas oficiais há 30 anos, quando os fanáticos seguidores do Ayatollah Ruhollah Khomeini (entre os quais, suspeita-se, estaria Mahmoud Ahmadinejad) invadiram em 1979 a Embaixada dos EUA e mantiveram sequestrados, durante mais de um ano, os seus funcionários.
Não há dúvida de que se verificou uma grande «mudança» em relação ao Irão entre a anterior e a actual administração norte-americana: George W. Bush considerou aquele país como fazendo parte do «Eixo do Mal» e Barack Obama declarou que ele pode ter energia nuclear... desde que, claro, para «fins pacíficos»! Tamanha «ingenuidade» face aos terroristas de Teerão não deixou, previsivelmente, de constituir objecto de crítica – e de escárnio – para diversos comentadores, como, por exemplo, Andrew C. McCarthy, Ann Coulter e Greg Gutfield.

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