quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Harry, o inimputável

Em 2008 o então candidato Barack Obama tinha uma hipótese de vencer porque tem uma «pele clara» e «não fala como um negro». Quem disse isto? Algum «racista» do Partido Republicano? Não. Foi Harry Reid, presidente do Senado dos EUA, do Partido Democrata.
Não é de agora que o senador do Nevada se notabiliza por actos ofensivos e palavras insultuosas. Porém, como está supostamente «do lado certo da História» (e da política), Barack Obama desculpou-o. No entanto, o actual presidente não teve o mesmo comportamento para com Trent Lott, que, em 2002, proferiu igualmente alguns infelizes comentários no mesmo âmbito. Mas, lá está, é do partido do elefante, e não do burro, logo... não se esquece e não tem perdão. Todavia, o exemplo máximo de como se pode ser beneficiado por se ser democrata e fazer declarações raciais insensíveis aconteceu igualmente durante a última campanha presidencial: outro proeminente senador admirou-se por o Sr. Hussein ser «articulado, brilhante, limpo e com bom aspecto» - e não só foi perdoado como ainda foi convidado para vice-presidente! E Bill Clinton, defendendo a candidatura da sua esposa Hillary, disse que Barack Obama, em outras circunstâncias, estaria a servir-lhes café!
Este (recentemente descoberto) dislate de Harry Reid, cujos contornos, contexto e causas Ann Coulter sumariza e satiriza, é, além de (mais) uma demonstração de dualidade de critérios, apenas outro episódio da estranha relação da comunidade afro-americana com um partido tão intrinsecamente racista como o Democrata. Contudo, nunca é de mais lembrar que há excepções.

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