domingo, 26 de setembro de 2010

Michael & Mahmoud

Michael Moore, «cineasta» norte-americano, e Mahmoud Ahmadinejad, «presidente» iraniano, poderiam formar um «dupla de sucesso» do entretenimento mundial, talvez os novos «Laurel & Hardy» («Bucha e Estica»): apesar das muitas diferenças – físicas e não só – que os separam, os dois têm em comum o gosto por um certo tipo de «humor negro».
Senão veja-se: Mahmoud discursou na sede da ONU a 23 de Setembro e, para além dos disparates habituais, revelou ser também um «truther», isto é, alguém que acredita que os ataques de 11 de Setembro de 2001 podem ter sido o resultado de uma «conspiração interna» - algo, afinal, normal e previsível em quem nega constantemente o Holocausto; Michael, nas últimas duas semanas, tem «oferecido» a sua perspectiva própria sobre o que aconteceu há nove anos, angariando dinheiro para construir uma mesquita, não perto do, mas mesmo no local onde antes estavam as torres gémeas do World Trade Center, e afirmando que o McDonald’s mais próximo já matou mais gente do que Mohammad Atta e os seus cúmplices.
Michael Moore e Mahmoud Ahmadinejad podem ser uma espécie de «M&M’s» mas nada têm de «doce». São, sim, dois grandes, mal cheirosos, Montes de M*rd*.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vida de cão

Barack Obama queixou-se recentemente de que «algumas pessoas» em Washington – opositores republicanos, obviamente – falam dele «como de um cão». Mas... então agora isso é mau? É que, há quase dois anos, pouco depois de ser eleito, ele se referia a si próprio como um «rafeiro»!
Esta «mudança de atitude» quanto ao significado de se comparar ao «melhor amigo do homem» não podia ser mais simbólica, e demonstrativa, do quanto o panorama político norte-americano mudou desde 20 de Janeiro de 2009. A começar pelos próprios democratas, muitos dos quais, vendo os «sinais», parecem tratar o presidente e colega de partido como um autêntico «cão sarnento»: querem é distância dele, para não verem prejudicadas, ou mesmo comprometidas, as suas possibilidades de (re)eleição! Alguns, simplesmente, não aparecem em eventos públicos. Outros já falam em... triagem! Nem de propósito, vários fazem anúncios contra a «reforma» do sistema de saúde! Há os que, como «cães» que não largam os «ossos», roubam enquanto podem. O «exército de Obama», a Organizing For America, está em debandada. Fala-se em «colapso», «derretimento» e (mais uma vez) em «pânico» nas hostes azuis – e nem os «blue dogs» deverão poder dar uma grande ajuda... Há sempre, porém, um «último refúgio» para os liberais: insultar os opositores. Mas «cão que ladra» normalmente «não morde»... quer dizer, nem sempre. E a «caravana» da (verdadeira) mudança, tudo o indica, irá passar.
E nem dos mais habitualmente «fiéis» pode Barack Obama já esperar um constante e incondicional «abanar de cauda». Na comunicação social, a Time, que antes o considerava o «Homem do Ano» e quase lhe dedicava, semana sim semana não, a sua capa, agora interroga-se porque é que ele se tornou o «Sr. Impopular»; a CBS questiona quantas «prioridades de topo» ele tem (por definição devia ser só uma...); na CNN e na Newsweek dizem que ele é do tipo «cotton-picking» (expressão de código para «escravo»); na MSNBC, Chris Matthews «rosna» que o dinheiro dos impostos é das pessoas. Steven Rattner (um «rat» que abandonou o «ship»), que trabalhou nos processos de «recuperação» da Chrysler e da GM, escreveu um livro em que revela afirmações e acções algo embaraçosas de membros da administração, e até do próprio Obama, que terá perguntado «porque é que eles não conseguem fazer um (Toyota) Corolla?» E até Joe Biden, cuja previsão de que a presidência dos EUA seria para o Sr. Hussein um «on the job training» se confirmou, anda a «exceder-se» nos seus elogios a George W. Bush. Este, por sua vez, «ganha» ao seu sucessor no Ohio e em outros distritos eleitorais norte-americanos. Definitivamente, são muitos «dog days» («afternoons», «nights», «mornings») para o actual inquilino da Casa Branca... que até já precisa de «ajuda» para trazer gente a comícios feitos em locais onde, há dois anos, ganhou por larga margem!
Contudo, é certo que não é só Barack Obama a utilizar a «imagética canina». Harry Reid referiu-se a Chris Coons, candidato do PD ao lugar de senador pelo Delaware, como «o meu animal de estimação» - e o próprio Coons, que se saiba, não criticou nem contestou o «piropo» de Reid, pelo que se pode deduzir que gosta de «andar com dono» e «usar trela» (resta saber se em sentido literal ou figurado...) E Christine O’Donnell é que é doida?!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dia da Constituição

Nos Estados Unidos da América hoje é o Dia da Constituição. A 17 de Setembro de 1787 foram apostas, em Filadélfia, as primeiras assinaturas no documento contendo a versão inicial da que se tornaria a lei fundamental da nova nação. Uma data e um pretexto apropriados para: se divulgar, sobre este tema, duas reflexões, de estilos diferentes mas de essências coincidentes, uma por Paul A. Rahe e outra por Andrew Klavan; se avisar que actualmente a Constituição pode estar a ser «queimada com o Corão», e que cidadãos dos EUA estão a ser prejudicados por exercerem... os seus direitos constitucionais; se apontar políticos que a consideram irrelevante, como Deval Patrick e Phil Hare... e de que partido são eles?

sábado, 11 de setembro de 2010

Ser ou não ser...

... Eis a questão: «é Barack Obama muçulmano?» O Reverendo Franklin Graham é quem deve ter dado a resposta correcta: o presidente não é mas nasceu muçulmano. Para Ann Coulter a explicação é ainda mais simples: o Sr. Hussein é ateu.
Nos Estados Unidos da América a religião é um assunto muito importante; a fé (ou falta dela...) de quem ocupa a Casa Branca é igualmente um assunto muito importante. E, por isso, hoje, nove anos depois do pior ataque terrorista contra os EUA, e quando continua a controvérsia – para cujo aumento ele contribuiu – sobre a «Ground Zero Mosque», torna-se particularmente importante, e inevitável, saber qual é exactamente o posicionamento religioso do presidente, em relação ao Cristianismo que diz professar e, ainda mais relevante, em relação ao Islamismo que diz admirar – ao ponto de aproveitar ocasiões e de recorrer a meios algo insólitos para o demonstrar. Nesse sentido, a análise, baseada em factos, feita por Jeffrey T. Kuhner da «islamic agenda» de BHO é, simplesmente, devastadora.
Entretanto, mais pormenores – ou «pormaiores» - vão sendo conhecidos acerca da aprovação e construção da «Cordoba House»: o apoio do mayor Michael Bloomberg ao projecto pode dever-se a outros interesses que não apenas o do «diálogo inter-confissões»; Hisham Elzanaty, um dos financiadores daquele «centro comunitário», já doou dinheiro ao Hamas; e Feisal Abdul Rauf pode ter cometido fraude fiscal ao prestar informações falsas sobre a sua ASMA. Porém, tudo isto é pouco mais do que irrelevante para os defensores da nova mesquita em Nova Iorque, que já puderam demonstrar o seu anti-semitismo, incluindo insultar um sobrevivente do Holocausto. É pois de surpreender que nos EUA mais «crimes de ódio» sejam cometidos contra cristãos e judeus do que contra muçulmanos?
Sim, sem dúvida: queimar o Corão é uma provocação estúpida, inútil e perigosa – aliás, proibir e destruir livros, quaisquer que eles sejam (até o «Mein Kampf»), é sempre reprovável. Mas nos EUA é legal... tal como queimar a bandeira norte-americana. Ambas as «fogueiras», mesmo que de «vaidades», são consideradas (exercício do direito à) liberdade de expressão na «terra do Tio Sam». E nesta acaso houve protestos quando exemplares da Bíblia foram queimados na Palestina e no Afeganistão?
Se houve, não chegaram de certeza aos níveis da violência habitual dos muçulmanos fanáticos quando se sentem «ofendidos» - mesmo que em «antecipação» - pelo Ocidente. E, a este, a grande questão que se coloca hoje, 11 de Setembro... de 2010, é saber se vai (continuar a) ceder, ou não, às ameaças mais ou menos veladas dos islamo-fascistas. Por outras palavras, se vai ser ou não ser... medroso e indigno. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Oval sem «aval»

É um «fait-divers» mas não deixa de ser muito significativo... e, se fosse George W. Bush o envolvido, não deixaria de ser explorado até à exaustão, ao contrário do quase silêncio que se verifica agora... De que se trata? Barack Obama decidiu redecorar a Sala Oval da Casa Branca. Porém, foi detectado no novo tapete um erro grave: uma frase atribuída a Martin Luther King que, na verdade, é de Theodore Parker. É mesmo de «ir ao tapete»... e ler.
No entanto, nem foi preciso saber-se deste «meter os pés pelas mãos» para haver sarcasmo em relação a esta «renovação» - os exemplos vêm tanto do humorista profissional Mo Rocca como da «humorista amadora» Maureen Dowd. Já Chris Matthews afirma que o presidente deveria dispensar, definitivamente, outra «peça de mobiliário»: o «maldito teleponto». É melhor o Sr. «Arrepio pela Perna» esperar sentado...

domingo, 5 de setembro de 2010

Não é blague, é Blagojevich

Não é tarde para mencionar um assunto que foi dos mais «quentes» do Verão político-judicial de 2010 nos Estados Unidos da América (mas que para os media portugueses não existiu): o julgamento de Rod Blagojevich, ex-Governador do Illinois, afastado do cargo por suspeitas de corrupção. E, aparentemente, foram só suspeitas que o tribunal encontrou, pois o júri considerou-o culpado de apenas uma das 24 acusações que enfrentava: mentir ao governo federal. E como não houve decisão nas outras 23, deverá haver um segundo julgamento. Para o qual «Blago» já prometeu – ou ameaçou – que irá convocar, como testemunhas, «insignes» individualidades como Rahm Emanuel, Harry Reid... e até – mais uma vez – o próprio Barack Obama!
Rod Blagojevich é tão só um dos muitos «produtos», embora mais recente, «extremo»... e estridente, das «Chicago politics». O seu processo permitiu que se fizessem revelações interessantes: seis «segredos» (pelo menos...) relativos a conexões ao actual Presidente dos EUA e à sua administração; gravações demonstrativas de dúbias relações com «comparsas» da «windy city»; uma rede que acabou por se estender à «nova» Casa Branca; uma megalomania que o faz comparar-se a... Winston Churchill!
«Blago» não perde uma oportunidade para arrastar Obama para a sua «lama». Quanto ao Sr. Hussein, poderia dizer-se que «lá se fazem, cá se pagam». O seu passado (recente) político parece ser um reflexo dos Balcãs: não só foi mal «servido» pelo «sérvio» como, muito provavelmente, irá «ver-se grego». De facto, com «amigos» destes...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Para memória futura...

... Aqui ficam registos em som e imagem, sem mediações nem deturpações, da iniciativa «Restaurando a Honra» que Glenn Beck organizou no passado dia 28 de Agosto em Washington e que terá reunido entre 300 a 500 mil pessoas (ou talvez mais de 600 mil...). Os «histéricos» do costume que ouçam e vejam para tentarem descobrir algum indício de «intolerância», «racismo» ou (incitamento à) «violência»: o discurso de GB; o discurso de Sarah Palin; o discurso de Alveda King (sobrinha de Martin Luther King); reflexões do próprio Beck, antes e depois do evento; análises à cobertura mediática daquele, pelo organizador e por Bernard Goldberg. E, como contraponto, inevitável incluir o depoimento do demagogo, «oleoso» - autêntico «snake oil salesman» - e invejoso Al Sharpton, que à mesma hora e também na capital americana, promoveu um encontro com uma audiência significativamente... menor (à volta de 3000 pessoas...); talvez a partir de agora deixe de acreditar (pouco provável...) que MLK é uma propriedade exclusiva de alguns.