terça-feira, 29 de junho de 2010

Stewart não é um «steward»

Honra lhe seja feita: Jon Stewart já não hesita em satirizar, em criticar, e veementemente, Barack Obama, a administração deste, e, em geral, todo o establishment político-cultural democrata-liberal... ao qual, há que não esquecer, o apresentador do «The Daily Show» pertence! É vê-lo e ouvi-lo, concretamente, sobre: a «guerra» contra o derrame de petróleo no Golfo do México; as promessas não cumpridas de BHO, que é capaz de ser... «Frodo»(!); os correspondentes na Casa Branca, que mais parecem ser membros de uma «irmandade» do que da imprensa.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

«Palin Power»

Seria talvez de esperar que num blog como o 31 da Armada todos os seus colaboradores, em relação ao que acontece nos Estados Unidos da América, já estivessem imunes à propaganda progressista-esquerdista-democrata e não papagueassem preconceitos ideológico-misóginos. Porém, depois de ler esta «posta», «digna» do Arrastão ou do Jugular, de Francisco Mendes da Silva (que, claramente, ainda não beneficiou da sabedoria e da sensatez do seu colega Nuno Gouveia), chega-se à conclusão que muitas pessoas continuam a precisar de algumas sessões de esclarecimento.
No entanto, este é um pequeno pormenor que não compromete o cenário maior: o poder político e popular de Sarah Palin está indubitavelmente a aumentar, o que é comprovado pelo facto de quase todos os candidatos que apoiou nos recentes actos eleitorais efectuados nos EUA terem vencido... e de o seu apoio ter sido decisivo. Cada vez é mais evidente que menos pessoas acreditam na imagem estereotipada que o Partido Democrata, e os seus aliados na «lamestream media», inventaram durante a campanha presidencial de 2008: no final do ano passado confirmava-se que era uma das mulheres mais admiradas da América.
Em sua defesa cada vez mais nomes se alinham, prontos a (re)afirmarem, a confirmarem, a verdade: que a mulher que foi governadora do Alaska, além de uma beleza que, significativamente, suscita especulações estapafúrdias, tem inteligência, experiência, capacidades, bom senso. Veja-se, por exemplo, esta entrevista, em que, sobre o derrame de petróleo no Golfo do México, ela afirma que o governo federal já deveria ter aceite a ajuda oferecida, não só por privados (indivíduos e empresas) norte-americanos, mas também por países estrangeiros como a Holanda e a Noruega. Poucos políticos nos Estados Unidos sabem tanto ou mais sobre o «ouro negro» do que ela.
Não surpreende, pois, que as «feministas tradicionalistas» tanto detestem Sarah Palin – ela «atreve-se» a ter qualidades, mentais e... físicas, tem sucesso tanto pessoal como profissional, e, para «cúmulo»... é conservadora e de direita! Enfim, não se pode dizer que seja uma «santa», mas é bem capaz de ser capaz de operar o «milagre» de se tornar... a primeira mulher presidente dos EUA.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Há petróleo na praia

Uma vez mais, são a terra – e o mar – e as gentes do Louisiana quem mais sofrem. E não é agradável, mas tem de ser feito: comparar os efeitos do furacão Katrina com os do derrame de petróleo no Golfo do México, aos níveis político e mediático, leva, mais uma vez, à constatação de uma intolerável hipocrisia, de uma inadmissível dualidade de critérios.
George W. Bush e a sua administração foram considerados culpados pelo que aconteceu em 2005. E em 2010, quem são os culpados? A BP? Barack Obama e a sua administração? Para alguns, nem por isso... Continuando a recente, mas persistente, «tradição» de «blaming Bush» (e a anterior «Bush Derangement Syndrome»), existem «democraps» como Arianna Huffington, Frank Rich, Joe Klein e – «surpresa»! – Nancy Pelosi que não hesitam em proclamar que o Nº 43 em particular, e o Partido Republicano em geral, são os responsáveis principais pela maré negra que alastra na costa sul do país! Contudo, e como que para compensar, Dick Morris garante que uma das causas do problema pode ser encontrada em decisões tomadas durante a presidência do Nº 42.
Porém, apesar da diminuta (por comparação com o que aconteceu há cinco anos) condenação do governo federal por parte da «lamestream media» e dos seus «fazedores de opinião», o «dique democrata» começa a mostrar algumas «falhas». Vários «fiéis» exprimem as suas críticas e dúvidas sobre as capacidades do «Messias» e dos seus seguidores. Comparações desvantajosas são feitas – sobre tipos de comentários, número de visitas, rapidez nas respostas. Ligações embaraçosas são reveladas. Afirmações passadas – contraditórias com (in)acções presentes – são recordadas, não uma mas duas vezes (pelo menos). E o que pensam determinadas «celebridades» habitualmente tão preocupadas com o ambiente?
Karl Rove tem razão: o derrame de petróleo é o «Katrina de Obama». E este, como deve (re)agir? Como, segundo Bill Maher, um «verdadeiro presidente negro» e pegar em armas? Dar um «pontapé num rabo» (mas qual)? De qualquer forma, a sua presidência está irremediavelmente «manchada».

domingo, 6 de junho de 2010

Também tu, Paul?!

Afirmações insultuosas de «estrelas» «esquerdistas» do entretenimento e do espectáculo, das artes e da cultura, são tantas que quase se pode falar em «epidemia». Mas algumas custam mais a ouvir do que outras. Então não é que também Paul McCartney decidiu desferir uma «dentada» em George W. Bush, dizendo que o anterior presidente dos EUA «não sabe o que é uma biblioteca»?!
O comportamento do ex-Beatle não demonstra apenas deselegância e mesmo falta de educação – ele disse aquilo em Washington, na Casa Branca, durante uma cerimónia em que recebeu o Prémio Gershwin atribuído pela Biblioteca do Congresso; denuncia também uma ridícula ignorância – Bush, sem dúvida sob influência da sua esposa Laura (que foi bibliotecária!), aumentou e melhorou o apoio às bibliotecas do país, em financiamento e em programas específicos.
Paul McCartney, na sua ânsia de agradar aos Obama, não sabe – ou, se sabe, não se incomoda – que os seus anfitriões se têm «destacado» igualmente, desde que chegaram ao poder, em deteriorar o relacionamento dos Estados Unidos com o Reino Unido. Ele deveria ter-se limitado a cantar «Michelle» para a mulher de Barack. Mas tanto quis (continuar a) ser «cool» que mostrou ser, isso sim, «clueless», um autêntico «fool on the (Capitol) hill».