sábado, 28 de maio de 2011

Ò tempo, volta para trás...

Deve ter sido, para utilizar as palavras de um outro blogger português que escreve sobre os Estados Unidos da América, mais um «daqueles passes de mágica em que Obama é mestre». Qual Harry Potter (afinal, estava em Londres!), o presidente norte-americano «recuou no tempo» ao visitar a Abadia de Westminster e ao deixar uma mensagem no livro de visitas daquela. Depois das assinaturas, sua e da esposa, escreveu «24 de Maio de 2008». Houve quem chamasse igualmente a atenção para o facto de ele não ter colocado a data do modo como normalmente se faz nos EUA e no Reino Unido, isto é, mês-dia-ano, mas o que realmente importa destacar é o seu engano (?) quanto ao... ano. É perfeitamente compreensível que 2008 tenha sido memorável, talvez o ano mais feliz da vida do Sr. Hussein, e que ele o recorde constantemente, mas seria conveniente que ele finalmente começasse a pensar e a agir mais de acordo com a actualidade...
Deixando agora de lado a ironia e o sarcasmo, é óbvio que este erro não tem qualquer gravidade ou significado especiais. Mas deve ser apontado para se realçar como as reacções seriam certamente outras caso tivesse sido George W. Bush a cometê-lo. Todos nos lembramos da maneira como a «isenta» imprensa tratava habitualmente as gaffes do anterior presidente, mesmo aquelas que eram falsas... A verdade, como aqui no Obamatório temos demonstrado, é que o Nº 44 já meteu mais vezes o «pé na poça» em pouco mais de três anos do que o Nº 43 em oito. E, durante esta última «digressão» pela Europa, houve mais umas quantas «fotografias» - onde ele e/ou os seus colaboradores ficaram mal - para juntar ao «álbum da presidência»: beber vinho de uma garrafa que pode custar quase dois mil dólares (tal como um dos vestidos que Michelle usou) mas atrapalhar-se na altura de fazer um brinde à Rainha; ficar com a limusine emperrada, receber multas por causa dela, e reabastecê-la... num posto da BP! (sim, exactamente, a companhia petrolífera culpada daquele «pequeno» desastre ecológico no Golfo do México no ano passado...)
Entretanto, em Washington, e demonstrando que até para os democratas há limites no que se refere a dizer «ámen» às vontades do «Messias», o Senado rejeitou por unanimidade - 97 votos contra e nenhum a favor (onde estariam os restantes três?) - a proposta de orçamento apresentada pela Administração em... Fevereiro. No que representou sem dúvida uma forma de o Capitólio dizer à Casa Branca para... não perder mais tempo.

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