segunda-feira, 31 de outubro de 2011

… Como os democratas?

O dia 31 de Outubro significa, nos EUA, o Dia… das Bruxas (e de outros seres maléficos e sobrenaturais), isto é, o Halloween. E aqui no Obamatório voltamos a assinalar esta data, com humor, como convém…
… E neste ano de 2011 o destaque é dado a «The Ghost Breakers», um filme de 1940 realizado por George Marshall e protagonizado por Bob Hope. Porquê esta escolha? Porque a minha filha mais velha, nos seus regulares «passeios» pelo You Tube, encontrou e indicou-me este breve, extraordinário e hilariante excerto, que, ainda hoje, ajuda a «explicar» tanto do que se passa do outro lado do Atlântico. O enredo envolve um castelo (mal) assombrado onde, para além de um fantasma, existe um zombie. Diz a personagem Geoff Montgomery: «É pior do que horrível porque um zombie não tem vontade própria. É vê-los por vezes andarem às voltas cegamente, com olhos mortos, seguindo ordens, não sabendo o que fazem, não se preocupando.» Responde a personagem Larry Lawrence (desempenhada por Hope): «Quer dizer, como os democratas?»  
Sim, os tempos mudaram! Os democratas e os seus apoiantes liberais não só recusaram ser retratados como mortos-vivos como «devolveram» a descrição aos republicanos e aos seus apoiantes conservadores. Não através de uma simples piada numa comédia ingénua mas sim de um vídeo-jogo em que personalidades da política e da comunicação social como Brit Hume, Michele Bachman, Mike Huckabee, Newt Gingrich, Rick Santorum, Sarah Palin, Sean Hannity e Bill O’Reilly são apresentados como zombies prontos a serem massacrados. Estará o entretenimento electrónico de mau gosto abrangido pela «nova civilidade no discurso» pedida por Barack Obama? Provavelmente não porque, como já tantas vezes demonstrámos aqui, parece que só ao GOP é exigida contenção, e a «demonização» (vem mesmo a propósito…) de líderes democratas é «irresponsável», como se queixou Debbie Wasserman Schultz. Que depois pode, como todos os seus «camaradas», acusar os republicanos de quererem (ou, pelo menos, não se importarem) que americanos morram. 
Porém, não é «demonização» dizer, como fez Paul Ryan, o indesmentível: que os democratas, a começar por Barack Obama, têm usado (e abusado) de uma «retórica polarizadora que põe classe contra classe», e que propicia a proliferação da inveja, do medo e do ressentimento. Sentimentos que até poderiam ser apropriados… para o Halloween, mas não para a realidade do dia-a-dia. A estratégia de confronto e de perversão (de princípios, de conceitos basilares dos EUA) seguida pela actual administração tem estado a contribuir para que muitos norte-americanos se vejam a percorrer, mesmo que involuntariamente, como que uma «estrada para o Inferno». E este, como relembra Andrew Klavan, está cheio de (aparentes) «boas intenções» que tantas vezes trazem más consequências.     

domingo, 23 de outubro de 2011

O drama de Obama

Enquanto se foi tornando (mais) conhecido e até pouco depois de tomar posse como presidente, Barack Obama chegou a ser cognominado de «No Drama Obama» - porque, supostamente, ele se caracterizava pela sua calma, pelo seu tom conciliador acima das querelas político-partidárias, pela sua capacidade em unir uma nação desavinda e desunida. Não que isso alguma vez tivesse sido mesmo verdade…
Porém, agora, poucas dúvidas restam de que o Nº 44 é um(a) autêntico(a) «drama queen», sempre a exagerar (ainda mais) os floreados retóricos, e sempre pronto para fazer quer ameaças veladas (ou nem tanto…) quer exigências irrazoáveis quer súplicas arrevesadas… E parece passar rapidamente de umas para outras como que demonstrando uma indesejável instabilidade emocional para quem desempenha um cargo tão importante… No entanto, e em contrapartida, mostra ter um «talento» considerável para representar, para fazer figuras (tristes), enfim, para o teatro… ou (dadas as câmaras que normalmente o acompanham) para cinema e para a televisão. Assim, e quando se «celebram» os seus primeiros 1000 dias como presidente dos EUA, passemos em revista alguns dos seus mais recentes e notáveis «desempenhos»…
… No «drama épico». Barack Obama regularmente lança algumas «bravatas»… que, contraditórias, não soam muito convincentes: apelou a que «não se permita que o povo americano seja um dano colateral na guerra política em Washington»; ordenou aos seus conselheiros que descobrissem «como aprovar projectos de estímulo sem autorização adicional do Congresso»; pediu que «se colocassem de lado ressentimentos pessoais em prol do bem maior»; exigiu aos seus «irmãos» que «parem de se queixar e marchem (por ele)». Ao que a sempre «subtil» Maxine Waters, sem dúvida a pensar na superior taxa de desemprego entre os afro-americanos (em relação à média nacional), respondeu que «Obama nunca diria aos judeus ou aos gays para pararem de se queixar.» Curiosamente, o presidente poderia repreender-se a si próprio, porque se… queixou de que os EUA «costumavam ter as melhores coisas» (agora é a China que as tem).
… No «melodrama». Barack Obama ocasionalmente tem os seus momentos de «sinceridade», de fraqueza (?), de «carência»: declara que «perdemos a nossa ambição, a nossa imaginação, e a nossa vontade de fazer coisas (como a ponte Golden Gate, em São Francisco)»; admite que «o povo americano não está melhor agora do que estava há quatro anos»… embora esteja convencido de que «todas as escolhas que fizemos foram as acertadas»; deve ser isto que o leva a declarar «se me amam ajudem-me a passar este decreto» (!) Sim, o Congressional Black Caucus ama-o tanto que o seu líder disse que se o Sr. Hussein «não fosse o presidente, estaríamos a marchar para a Casa Branca.»     
… Na «comédia dramática». Barack Obama continua a lançar «piadas de mau gosto» sobre os republicanos… mas o riso não é muito: eles não querem (que a América seja) «um lugar onde as pessoas possam ter sucesso não obstante a sua aparência»; eles querem «o ar mais sujo, a água mais suja, menos pessoas com seguro de saúde»; e «talvez não tenham percebido o diploma para o emprego». Convém esclarecer que são os democratas no Senado que mais se opõem a que a «jobs bill» vá a votação, e que o Sr. Hussein nem sequer assegurou para si a própria designação daquela iniciativa legislativa(!)… o que pode talvez também explicar porque, desta vez, alguns humoristas resolveram gozar com o presidente, conseguindo, eles sim, algumas gargalhadas.
O que não falta a Barack Obama são palavras e, como o demonstrou (pela terceira vez) Andrew Klavan, elas têm servido principalmente para ele «falar porcaria» (isto é, fazer afirmações falsas e/ou sem sentido) . Pior, se a essas palavras forem contrapostos os números da sua governação, o quadro daí resultante é demonstrativo… e devastador. Todavia, ainda tem a protecção da maior parte dos media, que, por exemplo(s), não o ridicularizam (como fizeram a Sarah Palin sobre os jornais que ela lia) quando ele se atrapalha a (tentar) dizer quais os sítios na Internet em que navega, nem o denunciam quando ele mente sobre a situação profissional de um professor que utilizou como «adereço» num dos seus discursos . E é este autêntico «proteccionismo», esta (continuada) dualidade de critérios que constitui, precisamente, um dos maiores e verdadeiros dramas.   

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Diz-me quem te apoia…

… E dir-te-ei quem és? Que os «ocupantes de Wall Street» e de outras ruas e cidades dos Estados Unidos da América tenham recebido a solidariedade do Partido Democrata em geral, e, em particular, de Barack Obama (que para isso se atreveu a invocar o nome de Martin Luther King), Nancy Pelosi e Al Gore, entre outros, não é propriamente uma surpresa. O mesmo se pode dizer em relação às presenças, nos «protestos», de Alec Baldwin, Al Sharpton, Danny Glover, Kanye West, Keith Olbermann, Michael Moore, Susan Sarandon, Tim Robbins… enfim, os «suspeitos do costume».
Porém, o panorama começa a ficar realmente perturbador quando os «ocupas» contam igualmente com o encorajamento, e até a participação, dos («novos») Panteras Negras, dos neo-nazis e dos comunistas norte-americanos. E com o entendimento e a aprovação da China, da Coreia do Nortedo Irão, da Venezuela… Sim, tudo gente «respeitável». Tão «respeitável» como, por exemplo, dois dos principais organizadores da iniciativa: Robert Creamer, marido de Jan Schakowsky (representante do Illinois pelo Partido Democrata), operacional da campanha de Barack Obama em 2008, e que cumpriu pena de prisão por evasão fiscal e fraude bancária; e Lisa Fithian, activista sindical e anti-semita. Aliás, e tal como o anti-capitalismo, o ódio a Israel e aos judeus já se tornou um traço distintivo deste movimento.
A questão principal que deve ser colocada é se a violência continuará a ser apenas (pouco mais do que) verbal (além das «palavras de ordem», ameaças, actos de vandalismo, roubos, desobediência e consequentes detenções, (alegadas) violações)… ou se passará a ser literal e mais grave, isto é, com feridos e mortos. Há quem pense que isso é muito provável (e desejável?). E a partir do momento em que são disponibilizados mapas com alvos potenciais, como que convidando a acções mais radicais… as hipóteses de ocorrer uma tragédia aumentam. O melhor será esperar que a meteorologia permita que se «arrefeçam os ânimos», forçando os «campistas» a desmontar a «tenda», eventualmente deixando uma grande... poia. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sinais de desespero

A esquerda, tanto em Portugal como nos Estados Unidos da América (e no resto do Mundo), é «sinistra» devido aos conceitos e objectivos que habitualmente a caracterizam, independentemente do contexto geográfico e histórico: primazia atribuída ao Estado, e não ao mercado, na condução da economia – um processo que habitualmente causa elevados défices e dívidas, se não mesmo falências; complacência, simpatia e até apoio para com ditadores e terroristas; disponibilidade, prioridade e até urgência na realização de acções de reengenharia social e cultural, mesmo que tenham a oposição da maioria da população. E, porque perde sempre o debate com a direita porque não tem factos e lógica para suportar aqueles seus «princípios», a esquerda recorre invariavelmente ao insulto, à mentira e até ao incitamento à violência para dissimular a perniciosidade dos seus propósitos e manter a «moral» dos seus adeptos.
Nos EUA os democratas, tanto os políticos como os seus cúmplices na comunicação social e no entretenimento, já se comportavam assim quando Barack Obama tinha acabado de tomar posse e ainda gozava de altos índices de popularidade. Mas agora que ele vai descendo nas sondagens a cada semana que passa e deverá ceder o seu lugar em Janeiro de 2013 a um republicano… seja ele qual for, os «progressistas» têm vindo a acelerar os incidentes e os seus acessos de irritação (e de idiotice), que constituem outros tantos sinais de desespero. As marchas que se têm multiplicado em várias cidades dos EUA, e de que a mais notória foi – e ainda é – a que pretende «ocupar Wall Street», representam precisamente o maior desses sinais: reúnem fundamentalmente auto-denominados socialistas e até comunistas que querem a abolição do capitalismo e a redistribuição (para eles) do dinheiro dos ricos – estes, segundo alguns, até deveriam ser decapitados se recusassem ser roubados; todos eles ou quase foram, são e vão ser votantes e apoiantes de Obama… que, claro, já demonstrou compreensão para com os manifestantes - aliás, ele incentivou-os ao acusar constantemente os «ricos» de não pagarem o que devem (como Jeffrey Immelt, CEO da GE e consultor da Casa Branca?) Entretanto, os ocupantes estão a ser organizados e pagos por sindicatos e estão a c*g*r-se – literalmente – para a polícia. Além de que constituem «distracções» de casos como o «Fast & Furious» e o Solyndra...  Ann Coulter tem (mais uma vez) razão: por questões de higiene e não só, os «OWS's» formam como que um «Flea Party» («Partido das Pulgas»)! Inevitavelmente, fazem-se comparações com os protestos do Tea Party… e as diferenças são flagrantes nos fins e nos meios, na eficácia da mensagem e no civismo do comportamento. Os «partidários do chá» sabem que é contra o(s) governos(s) que se deve protestar e não contra as empresas, sejam elas do sector industrial ou do sector financeiro… e este, convém recordar, deu em 2008 ao então senador e candidato Obama as maiores contribuições da história das campanhas norte-americanas - um cenário que até se pode repetir em 2012.
Nos media, o panorama não é o mesmo porque… está cada vez pior. Não é surpreendente que a lamestream media, em que se destacam o New York Times e a ABC (e a CBS e a NBC…), celebre os ocupantes de Wall Street e tenha condenado os tea partiers. Nem é surpreendente que na MSNBC não existam, definitivamente, limites para a falta de profissionalismo e de respeito, para o baixo nível e o mau gosto. Thomas Roberts diz que «os republicanos querem construir uma máquina do tempo para (viajarem até) quando a escravatura era “fixe”» (isto é, supõe-se, quando os democratas a defendiam). Martin Bashir serve-se das mortes de Steve Jobs e de Fred Shuttlesworth para vilipendiar, respectivamente, Sarah Palin e Herman Cain. Lawrence O’Donnell acusa Cain de não ter participado nas campanhas dos direitos civis e de ter fugido à guerra do Vietnam – note-se que o candidato foi funcionário civil da Marinha norte-americana (como especialista em balística!) enquanto o apresentador, ele sim, esteve sete anos, entre 1969 e 1976, na universidade para não ir para a Indochina!
O recrudescimento dos ataques a Herman Cain, previsíveis após o seu aumento de popularidade na corrida pela nomeação republicana, constitui outro evidente sinal de desespero por parte dos «guardiões do templo liberal», que pura e simplesmente não «encaixam» a possibilidade de vir a haver um presidente pelo GOP e… negro! É por isso que Joy Behar, essa «voz da sabedoria», diz que aquele partido «não tem sido amigo dos negros há séculos» - os que não são estúpidos nem ignorantes sabem que o PR foi fundado em meados do século XIX para combater a escravatura e, na década de 60 do século passado, o seu apoio às leis dos direitos civis foi superior ao do PD… É por isso que Cornell Belcher e Eugene Robinson, ambos negros, acusam Cain de ser racista e (como um) segregacionista! Quando o medo é muito, o ridículo mostra-se em todo o seu requinte… Como eu os compreendo: se estivesse no lugar deles, provavelmente também ficaria aterrorizado ao ouvir um discurso como este.
Enfim, é o desespero que pode explicar igualmente a «proposta» de Beverly Perdue de «suspender as eleições para o Congresso durante dois anos até a economia recuperar»... e, ao contrário de Manuela Ferreira Leite, não estava a brincar. Então e agora? Não é isto um verdadeiro sinal de «incapacidade intelectual»? Uma «aberração» (mental) da qual a governadora (democrata) da Carolina do Norte se deveria «regenerar»?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mais um? Quem diria!

Rezwan Ferdaus: este é o nome do mais recente potencial – ou efectivo – terrorista detectado e detido por planear – ou cometer – atentados terroristas nos EUA. E… quem diria? É mais um muçulmano! Outro que se junta à tal «galeria» (da infâmia) que já inclui nomes como o de Yonathan Melaku, o de Mohamed Osman Mohamud, o de Umar Farouk Abdulmutallab, o de Faisal Shahzad, o de Nidal Malik Hasan… enfim, tudo «boa gente» que professa a denominada «religião da paz»!
Este padrão «islamo-bombista» apenas vê aumentada com o tempo a sua intensidade – e recorde-se que os atacantes de 11 de Setembro de 2001 eram todos muçulmanos, e que os culpados do primeiro ataque ao World Trade Center, em 1993, eram todos muçulmanos. Porém, as evidências não parecem ser suficientes para o Departamento de Segurança Interna, que continua a apontar para «americanos brancos da classe média» como os «terroristas mais prováveis» - um critério que continua a ser seguido pela TSA nas suas «apalpações selectivas». Quem também resiste à realidade é a entidade – financiada por George Soros! – que organizou um «curso de jornalismo sobre o Islão», e que tinha como um dos objectivos «contextualizar» a ameaça que a Jihad representa e o número de vítimas que provoca… quando comparada com outras causas de morte, como as doenças! Uma «perspectiva» partilhada no New York Times, onde se escreve a apelar a que «não se tenha medo da lei islâmica na América»!
A (aparente) bonomia com que os seguidores de Maomé são encarados pela esquerda norte-americana parece, no entanto, ser contraditada pela práctica continuada de assassínio selectivo de terroristas muçulmanos, da qual Anwar al-Awlaqi – um cidadão norte-americano! – é o mais recente alvo atingido. É caso para perguntar onde estão todos aqueles que chamaram a George W. Bush «criminoso de guerra»… Se Barack Obama ainda hoje se queixa de que herdou do seu antecessor uma má economia, porque é que não diz também que herdou dele um bom sistema anti-terrorista? Além de que «segurança nacional e política externa de sucesso» deve ser muito mais do que matar jihadistas com mísseis teleguiados.
(Adenda: este texto constitui o post Nº 200 do Obamatório, uma marca devidamente assinalada no meu outro blog, o Octanas.)