sábado, 11 de agosto de 2012

O Rei(d) da Comédia

Mais uma demonstração (como se ela fosse precisa…) de que os democratas não conhecem limites na degradação – política e moral – para que estão disponíveis em cair: Harry Reid acusou Mitt Romney de não pagar impostos há dez anos!
O líder da maioria (actualmente democrata) no Senado – e, logo, uma das figuras mais importantes da hierarquia política dos EUA – já há muito que é conhecido pelas suas afirmações e atitudes insólitas, quando não imbecis. Porém, o que torna esta última atoarda particularmente escandalosa é que: Reid atirou-a no Capitólio (primeiro numa entrevista no seu gabinete, depois repetindo-a na sala do Senado), garantindo assim (existe essa garantia em Washington) a sua imunidade – e inimputabilidade – contra um eventual processo judicial; baseou-a numa declaração que lhe foi feita por uma fonte anónima, que não identificou (alegadamente, um investidor da Bain Capital), sem apresentar provas… e, para cúmulo, e «invertendo o ónus», desafiou Mitt Romney a demonstrar a sua inocência (!!); ele próprio nunca divulgou qualquer das suas declarações de IRS desde que é membro do Congresso; e, na sua autobiografia, queixou-se das acusações, suspeitas e insinuações de corrupção e de ligações à Máfia (nunca provadas) de que foi alvo quando era membro do organismo que regula a indústria do jogo no Nevada, e cujas (más) consequências na sua reputação sofreu durante anos! Harry, Rei(d) da comédia? Se for, é de um humor negro, de mau gosto, sem graça alguma.
As reacções, previsivelmente, não tardaram. Reince Priebus, presidente do RNC, chamou a Harry Reid um «mentiroso sujo». John Nolte classifica a controvérsia como mais uma manobra de distracção, por parte dos democratas, para desviar as atenções dos eleitores do que é fundamental – o fracasso da presidência de Barack Obama. Charles Krauthammer e George Will compararam-no a Joseph McCarthy, tal como Bob Schieffer, que não é conhecido como sendo um conservador… Nem Howard Kurtz, que incluiu a calúnia na categoria de «democratic talking point», nem Dana Milbank, que aproveitou para fazer um breve historial das incontinências verbais de Reid. E Jon Stewart merece um destaque especial por ter «dedicado» ao líder do Senado uma das suas sátiras mais demolidoras dos últimos tempos, incluindo uma menção à sua vergonhosa, inacreditável idiotice de invocar o «fantasma» de George Romney para criticar o filho! É claro que o Sr. Leibowitz lá teve de mandar umas «farpas» à Fox News para compensar, mas, mesmo assim…  
«Dingy Harry» tinha-se queixado antes de que havia o perigo de «17 homens brancos velhos e zangados» comprarem o país (para o candidato republicano), mas ele bem que podia pertencer a esse «clube»… E, ironicamente, a acusação a Mitt Romney aconteceu quase em simultâneo com a revelação de que HR tem estado a apoiar a instalação, no seu Estado, de uma empresa energética estrangeira da qual o seu filho, Rory Reid, é advogado. De que país? Da China… pois, desde que lá não fabriquem os uniformes da representação olímpica dos EUA não há problema… «Felizmente» para Harry, ele sempre pode contar com o apoio de Nancy «os-republicanos-são-Ecoli» Pelosi, que não tem dúvidas de que o seu comparsa disse a «verdade». Sim, Reid só tem «qualidades»: anedótico, difamador, que-faz-aos-outros-o-que-não-gosta-que-façam-a-ele, hipócrita, interesseiro, medíocre, mentiroso, obstrucionista, nepotista, político-carreirista-há-tempo-demais-no-poder-e-(re)eleito-de-forma-duvidosa, racista, superficial… Em suma: um democrata-modelo.

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