terça-feira, 15 de janeiro de 2013

«Vão se f*d*r!» ;-) (Parte 2)

(Duas adendas no final deste texto.)
A notícia foi dada em Portugal, embora em apenas (que eu saiba) um órgão de comunicação social – o Correio da Manhã - e apesar de o assunto não ser… discreto: John Bohner, do Partido Republicano, speaker (presidente) da Casa dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América, terceira figura na hierarquia política do país e segunda na linha de sucessão do presidente, disse no final de Dezembro a Harry Reid, do Partido Democrata e líder da maioria no Senado, «vai te f*d*r!» («go fuck yourself!»). O que é surpreendente não é que Boehner tenha dito o que disse a Reid mas sim que só o tenha feito agora…
… Porque, efectivamente, o senador «burro» do Nevada seria capaz de fazer perder a paciência a um santo com as suas constantes e absurdas – e afrontosas – afirmações e atitudes, já referidas especificamente no Obamatório aqui e aqui (mas com muitas outras e sortidas «menções desonrosas» neste blog desde o seu começo). A invectiva do representante «elefante» do Ohio foi feita no auge das discussões a propósito do «fiscal cliff» mas constituiu, sem dúvida, uma resposta… indirecta à acusação de Harry Reid de que ele se comporta como um «ditador» - o que para Reid não é «chamar nomes», algo que ele jura não fazer! Ele próprio «não» é um ditador – por isso é que 18 senadores democratas «não» se insurgiram, em Dezembro, contra a implementação de uma das taxas resultantes do «ObamaCare». O que ele faz, sim, é comparar furacões, e garantir que o Katrina (e as suas consequências) nada foi comparado com o Sandy!
Sim, John Boehner fez bem em dizer a Harry Reid para… fazer «aquilo» a ele próprio. No entanto, ele em particular e os republicanos em geral bem que poderiam repetir a frase mais vezes, em outras circunstâncias e contra outros democratas. Estes não devem ter o exclusivo da palavra «fuck» e das outras palavras e expressões derivadas daquela. E Bohner, que, com os seus «comandados» saiu do ano velho e entrou no novo a «homenagear» George H. «read my lips, no new taxes» Bush, isto é, a capitular perante Barack Obama e a aceitar aumentos de impostos após anos a insistir que tal não aconteceria, poderia começar por dizer ao Sr. Hussein, e a todos os democratas, «go fuck yourself!» por aquele(s) querer(em) ainda mais aumentos de impostos – talvez mais um trilião! – e por se recusar(em) a fazer cortes na despesa – esta, aliás, «não é um problema» para o Nº 44, tendo o próprio confessado isso a um atónito speaker durante uma reunião; essa, sim, teria sido uma ocasião apropriada para lhe dizer «go fuck yourself!» Tal como quando Obama disse – mentiu – que em 2011 tinha efectuado cortes na despesa superiores a... um trilião de dólares, o que parece estar em contradição com o que afirmou no dia seguinte, garantindo que «não podemos simplesmente cortar (fazer cortes n)a nossa via para a prosperidade». Não se deve confiar, negociar nem fazer acordos com quem está de má-fé, não tem honra nem credibilidade. A resposta adequada? «Go fuck yourself!»  
Ontem, em conferência de imprensa, o Sr. Hussein deu mais um «espectáculo» - habitual – de ameaças, de chantagens, de demagogias, de insultos… e pleno de contradições, acusando os republicanos de serem «raptores» que exigem um «resgate» para concordarem com (mais) um aumento do tecto da dívida – algo contra o qual, como lhe foi lembrado, ele se manifestou quando era senador. Entretanto, e pela quarta vez, a administração vai apresentar depois do prazo ao Congresso a sua proposta de orçamento. E BHO ainda tem a arrogância de querer dar lições de responsabilidade económica, financeira e fiscal? Pois… «go fuck yourself!» Faz lembrar um certo político português que levou o seu país à falência porque acredita(va) que a dívida não era para ser paga mas sim para ser «gerida»…
Não podia faltar na mesma conferência de imprensa uma metáfora violenta que remeteu (deliberadamente?) para a recente matança ocorrida numa escola primária do Connecticut: «os republicanos estão a apontar uma arma à cabeça do povo americano». Tudo aponta para que, depois de atacar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, Barack Obama vai atacar também a Segunda, propondo e até mesmo concretizando – por ordem executiva – uma série de (19!) medidas que visam aumentar o «gun control» a nível nacional… talvez seguindo o «modelo» que tão «bons resultados» tem dado na «sua» Chicago. É incontestável que mais armas nas mãos de cidadãos cumpridores da lei e sem cadastro aumentam a segurança e diminuem a criminalidade… mas não é isso que mais interessa ao Partido Democrata - este quer, sim, fortalecer o poder do Estado e enfraquecer a sociedade civil. Os democratas não querem considerar a proposta da National Rifle Association de colocar guardas armados em todas as escolas, apesar de as filhas de Obama estarem numa que os tem, tal como os filhos de Rahm Emanuel. E sabiam que em 2004, ainda enquanto senador estadual do Illinois, o Sr. Hussein votou contra uma lei que autorizava cada cidadão a defender-se com uma arma dentro da sua casa? Pelo que estamos à espera que John Boehner, ou qualquer outro republicano, ou mesmo qualquer independente, lhe diga «go fuck yourself!»
(Adenda - Afinal, não foram 19 mas sim 23 (!!) as «ordens executivas» sobre «controlo de armas» que ele anunciou durante uma cerimónia em que se serviu de quatro crianças como adereços. O que faz sentido, porque, como explica Rich Lowry, se tratou de «um espectáculo infantil».)
(Segunda Adenda - Mais uma prova de como o «gun control» pode ser, e é, inútil, contra-producente e até ridículo, é a lei assinada esta semana no Estado de Nova Iorque pelo governador (democrata) Andrew Cuomo, que como que «ilegaliza» a presença de polícias armados nas escolas!)          

Sem comentários: