terça-feira, 22 de julho de 2014

Mar da «Tranquilidade»

No passado dia 20 de Julho passaram 45 anos desde a chegada à Lua dos primeiros homens – Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins. Viajando na Apollo 11, o módulo lunar Eagle pousou no denominado Mar da Tranquilidade. E ouviu-se aquela frase: «um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade». Esta, pode dizer-se, teve então o seu momento mais alto. E, simultaneamente, também os Estados Unidos da América: apesar – e, provavelmente, também por causa – da presença e actuação simultânea no Vietname, combatendo justificadamente o regime comunista de Hanoi e de Ho-Chi-Min, a grande nação do outro lado do Atlântico estava então, pode dizer-se, no apogeu do seu poder.
Hoje, pelo contrário, os EUA estão num (esperemos que provisório) perigeu, graças às políticas de «transformação fundamental» implementadas por Barack Obama e pelo Partido Democrata desde 2009. Até a NASA, entidade que promoveu a conquista do espaço e as viagens até à Lua, está em decadência. Porém, para os «azuis» nunca as situações nacional e internacional estiveram tão bem. Aliás, segundo o novo porta-voz da Casa Branca, as políticas da actual administração «trouxeram tranquilidade à comunidade global». É uma nova e estranha noção de «tranquilidade», mas sem dúvida que contribuíram para ela. Veja-se o que aconteceu em duas áreas fundamentais: desistiram de instalar sistemas antimísseis na Polónia e na República Checa, promoveram o denominado (e mal escrito) «reset» das relações com Rússia, prometeram «mais flexibilidade» a Vladimir Putin, e, em resultado, Moscovo anexou a Crimeia, apoiou separatistas ucranianos que abateram um avião de passageiros e assim assassinaram quase 300 pessoas, e reforçou as relações com a China, o Irão e Cuba; procederam a sucessivas iniciativas de apaziguamento e de «compreensão» para com o Islão ao mesmo tempo que mostraram menos firmeza no apoio a Israel, e, em resultado, o Boko Haram continua a assassinar e a raptar milhares de cristãos na Nigéria, o Hamas persiste em lançar foguetes a partir de áreas residenciais, o ISIS incendeia a catedral de Mossul no Iraque e avisa os seguidores de Jesus que ou se convertem ou pagam uma taxa ou morrem, e o Irão está muito próximo de ter uma arma nuclear…
Adentro das suas fronteiras, os EUA… vêem aquelas a diluir-se, pelo menos a do Sul: não há tranquilidade no Texas, no Arizona, no Novo México e na Califórnia. Mais, não há tranquilidade em todo o território norte-americano quando o governo federal anda, literalmente, a espalhar focos de perigosas doenças contagiosas por aquele, não deportando mas, pelo contrário, transportando imigrantes ilegais contaminados com tuberculose, sarampo, pneumonia e escarlatina para várias cidades a Norte do Rio Grande – o que significa, obviamente, colocar directamente – e deliberadamente? – em risco de vida milhares, ou mesmo milhões, de norte-americanos. Entretanto, igualmente grave mas não surpreendente, foi revelado na semana passada – tarde de mais, o que já é um hábito – que Barack Obama foi avisado, no final do seu primeiro mandato, de um possível recrudescimento no fluxo de imigrantes ilegais, mas nada fez para o prevenir. Esta inacção na fronteira juntamente com a perseguição pelo IRS a organizações conservadoras, as falsidades (manter seguro de saúde e médicos, diminuição de custos) na base da aplicação do «ObamaCare», a vigilância alargada realizada pela NSA, são factores que, se tivessem sido divulgados em devido tempo, quase de certeza impediriam a reeleição do Sr. Hussein. Afirmo-o uma vez mais: pelo menos desde 20 de Janeiro de 2013, ele é presidente ilegitimamente.
Apesar de algumas (poucas) excepções, os democratas não vêem motivos para preocupações; vivem num «mundo da Lua» muito próprio, muito… tranquilo, e no tema da imigração em especial, encorajados também pelo New York Times que declara que a crise na fronteira é um «mito»,  só «encontram» vantagens e soluções onde as pessoas normais reconhecem problemas e desvantagens: tanto assim é que John Lewis garante que «as nossas portas estão abertas», Jan Schakowsky acredita que a legalização acelerada (isto é, a amnistia) de imigrantes ilegais faria com que os salários de todos os trabalhadores aumentassem, e Chris Van Hollen que aquela contribuiria para reduzir o défice! Os que se opõem à entrada de uma enxurrada de estranhos em «casa» sem qualquer critério, e que, pelo contrário, preconizam a deportação são – «surpresa»! – equiparados a nazis, a nativistas (racistas) ou até mesmo a mortos
… E o comportamento habitualmente irresponsável e idiótico dos democratas, neste assunto como em outros, mais não tem sido do que exponenciado por um presidente que, está mais do que comprovado, não sabe, não consegue reagir condignamente em situações de emergência e de crise, preferindo aquando daquelas manter – não anula nem pelo menos adia – a sua presença em eventos partidários e de angariação de fundos. No exemplo mais recente, e após dizer que a destruição do avião das linhas aéreas da Malásia no céu da Ucrânia «parecia ser uma tragédia terrível», voltou ao «guião» do dia e gracejou quanto ao bom aspecto do filho mais velho de Joe Biden… Sim, Barack Obama exsuda constante «tranquilidade»; tanta que não aparenta ter sido afectado pela série de 13 derrotas (decisões desfavoráveis) por 9-0 (nem os juízes «liberais», duas das quais nomeadas por ele, votaram a seu favor!) no Supremo Tribunal dos EUA desde 2012; tanta que não é conhecida a sua reacção à expulsão, pelo governo de Angela Merkel, do chefe de estação da CIA na Alemanha. Pelo menos o seu nome não foi divulgado pela Casa Branca, como aconteceu com o seu colega em cargo idêntico no Afeganistão...   

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