quarta-feira, 14 de maio de 2014

Trair Israel

Que «bom» que seria se Barack Obama – e a sua administração, e o Partido Democrata – se limitasse(m) a enfraquecer os Estados Unidos da América interna e externamente, chegando ao cúmulo de permitirem que (quatro) compatriotas fossem assassinados no estrangeiro, e de mentirem sobre o assunto, de modo a não ser prejudicada a campanha para a reeleição… Na verdade, países que têm sido tradicionais aliados dos EUA sofrem as consequências (negativas) da «política de apaziguamento» seguida pelo Nº 44 desde que aquele entrou na Casa Branca. Um, claramente, mais do que os outros: Israel.
Não é de agora que o distanciamento, e até a hostilidade mais ou menos dissimulada, para com a nação judaica por parte do Sr. Hussein e companhia têm sido manifestados. Porém, nestes últimos meses houve como que um recrudescimento dessa atitude. Em Março último a Casa Branca solicitou ao Congresso que reduzisse em 200 milhões de dólares o financiamento dos programas israelitas de defesa anti-mísseis… na mesma semana em que a Marinha de Jerusalém interceptou um carregamento de mísseis iranianos para a Faixa de Gaza! Aliás, poucos dias depois, Hossein Salami, comandante da força aérea da Guarda Revolucionária do Irão, anunciou que a sua força estava em condições de destruir Israel a qualquer momento – com o «dedo no gatilho» - e assim que recebesse ordens para tal; e foi com esta gente que Barack Obama negociou um acordo e prometeu que vetaria novas sanções… Compreende-se que Benjamin Netanyahu acuse outros países, e os seus dirigentes, de hipocrisia.
É do Departamento de Estado e de John Kerry que têm vindo ofensas com maior regularidade. Também em Março, foi noticiado que cada vez mais cidadãos israelitas – ao contrário de sauditas! – estavam a ver recusados os seus pedidos de autorização para viajarem para os EUA… algo que até Chuck Schumer notou e criticou! Ainda no mesmo mês, Jen Psaki, porta-voz do DdE, afirmou, em entrevista ao Al-Quds, um jornal… palestiniano, que os… palestinianos não têm de reconhecer Israel como um Estado judaico; uma posição que, poucos dias depois, o próprio Kerry confirmou, em pleno Congresso; antes, porém, acusara o governo de Jerusalém de ser o culpado pelo impasse registado nas negociações de paz. Não satisfeito com estas desfeitas, o sucessor de Hillary Clinton conseguiu «superar-se»: numa recente reunião da (famigerada) Comissão Trilateral afirmou que Israel poderia transformar-se num «Estado de apartheid» - uma mentira, um insulto, uma acusação que não é nova porque teve origem na propaganda soviética. Previsivelmente, grande parte da comunicação social nos EUA não não referiu esta (gravíssima) gaffe, por causa da qual Ted Cruz exigiu a demissão do secretário de Estado; e que, como bem salientou Noah Rothman, faz com que, em comparação, a imagem de Hillary Clinton à frente da diplomacia norte-americana saia reforçada, o que é um feito deveras assinalável…
Não faltam exemplos de autêntico anti-semitismo por parte da actual administração. Assim, e tendo tudo isto em consideração, custa a acreditar que indivíduos e instituições judaicas continuem a homenagear Barack Obama. Como Steven Spielberg e a Fundação Shoah, que deram na semana passada o prémio «Embaixador da Humanidade» ao Sr. Hussein – isto é, a alguém que indirecta, ou mesmo directamente, preconizou o apoio à Irmandade Muçulmana, da qual faz parte Mohammed Morsi, ex-presidente egípcio que comparou os judeus a animais. Quem será o próximo premiado pela comunidade hebraica de Hollywood? George Soros?   

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